A alíquota pretendida pelo governo fica em torno de 0,2% sobre as transações digitais. Guedes argumenta que é preciso diminuir a carga tributária das empresas (os encargos que incidem sobre a folha de salários) e compensar essa arrecadação menor com a criação do que chama de microimposto digital de base ampla.
Delfim Netto afirmou que, por não incidir sobre o valor adicionado de algum bem ou serviço, é “um imposto ruim mesmo” e vai contra o crescimento eficiente.
“Esse imposto digital, que se refere o Guedes, é um imposto sobre um sistema de transações que não atinge as relações entre os indivíduos. O efeito disso honestamente eu acho que ninguém sabe ainda qual é. […] O imposto tem que ser sobre o valor que foi criado pelo trabalho. Não simplesmente o das transações. Mas, como eu digo, nesse momento não se deve deixar de estudar nenhuma das hipóteses”, declarou Delfim Netto.
O ex-ministro da Fazenda disse que nem Paulo Guedes sabe como vai funcionar o novo imposto, e falou com seu conhecido bom humor: “Ele está chutando”.