Por Renato Riella
Cresce a visão de que a volta às aulas é tema maldito, sem solução em praticamente nenhum estado brasileiro. Apenas em Manaus vem sendo feita experiência de reabertura das escolas, com frequência limitada, pelo medo de muitos pais com possíveis contaminações.
Em Goiás, o governador Caiado praticamente reconhece que o ano letivo está perdido.
Escolas não conseguirão cumprir o mínimo estabelecido em lei federal.
A pandemia foi classificada como abrangente na sociedade, atingindo ricos e pobres, sem discriminação, inclusive nos casos de mortes.
Mas na questão educacional, o resultado privilegia de forma chocante a chamada elite.
Em diversas cidades, uma minoria de escolas particulares, de primeira classe, tem obtido êxito no ensino à distância.
A grande maioria fracassou e muitas delas vão até fechar.
No que se refere ao ensino público, a deficiência é elevada.
As tentativas de ensino à distância esbarram em deficiências na infraestrutura tecnológica das escolas e, principalmente, das famílias dos alunos.
Os estudantes mais pobres, na maioria, perderão o ano de 2020.
A pergunta que se faz neste momento é: como os governos buscarão políticas compensatórias em 2021 para tentar reduzir este resultado social trágico?