Com Selic a 2% e inflação a 3%, R$ 1.000 na poupança perdem R$ 17,40 no ano

      • Banco Central deixa taxa básica de juros em 2% pela segunda vez seguida
      • Decisão do BC mantém rendimento nominal de aplicações em renda fixa
      • Mas com inflação em alta, ganho real está ficando cada vez mais negativo

(Uol Economia) – O Banco Central repetiu a decisão tomada em setembro e manteve a Selic, a taxa básica de juros do país, em 2% ao ano. Com isso, aplicações de renda fixa que de alguma forma dependem desse indicador – como poupança, fundos DI e títulos Tesouro Selic – continuarão com o mesmo desempenho nominal. Já o retorno real, descontando a inflação, vai diminuir. Isso porque o custo de vida está aumentando, reduzindo cada vez mais o poder de compra do investidor.

No encontro anterior do Copom, a inflação acumulada em 12 meses, até o fim de agosto, medida pelo IPCA, era de 2,44%. Agora, está em 3,14%, de acordo com o último dado do IBGE. Isso afeta diretamente o ganho real das aplicações em renda fixa.

Compare abaixo alguns exemplos do que acontece com um investimento de R$ 1.000, considerando uma aplicação por um ano, no caso de uma inflação de 2,44% e de uma inflação de 3,14%. Lembrando que investimentos que pagam imposto são taxados em 17,5% para saques após 360 dias.

Tesouro Selic

      • Rendimento bruto: R$ 20
      • Rendimento líquido: R$ 16,50 (desconta R$ 3,50 de imposto)
      • Ganho real com inflação de 2,44%: perda de R$ 7,90
      • Ganho real com inflação de 3,14%: perda de R$ 14,90

Poupança nova

      • Rendimento bruto: R$ 14 (70% da Selic)
      • Rendimento líquido: R$ 14 (não paga imposto)
      • Ganho real com inflação de 2,44%: perda de R$ 10,40
      • Ganho real com inflação de 3,14%: perda de R$ 17,40

 

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