Por: Luis Pellegrini
Donald Trump foi exceção em vários aspectos do modelo tradicional da presidência norte-americana. Ele é o comandante-chefe mais antigo do país, o mais rico e o único na história sem qualquer experiência governamental ou militar. Ele é um dos apenas dois presidentes desde 1888 a vencer uma eleição sem ganhar no voto popular. E, por último, mas não menos importante, ele é o primeiro presidente sem animal de estimação em quase 150 anos.
Os novos Primeiros-Cachorros
Joe Biden certamente conhece a histórica frase de Harry Truman (o 33º presidente, de 1945 a 1953), que dizia: “Se você quer ter um amigo em Washington, arranje um cachorro”. Truman tinha três cachorros, e seu exemplo foi seguido por quase todos os presidentes norte-americanos, com exceção de três: o 11º, James K. Polk (1845 – 1849; o 17º, Andrew Johnson (1865-1869); e o 45º, Donald Trump.
Mas agora, tudo voltará a ser como nos velhos tempos: Joe Biden e Jill, a Primeira Dama, são conhecidos por seu amor aos animais e por suas preocupações com o meio ambiente. Em janeiro, entrarão na residência presidencial com seus dois esplêndidos pastores alemães, Champ e Major, já devidamente adestrados para levar uma vida de Primeiros Cachorros (lindos e bem-comportados nos aviões, no carro do presidente, na presença de fotógrafos, etc).
Champ, 12 anos, foi comprado em um canil especializado nessa raça quando Biden foi eleito vice-presidente com Barack Obama (em 2009); Major, adotado em 2018, será o primeiro Primeiro-Cachorro a passar de uma jaula em abrigo para cães abandonados diretamente ao Salão Oval. Esses animais são tão importantes para Joe e Jill que foram inclusive objeto de promessa eleitoral: “Levaremos os cães de volta à Casa Branca”, afirmou várias vezes o candidato democrata a seus eleitores. Promessa é dívida.