Em muitas cidades onde foram disputadas as eleições do segundo turno nesse domingo no Brasil, registraram-se índices de abstenções (não comparecimento às urnas) superiores a 30%. Em não raras delas, a “abstenção” obteve mais votos dos que os próprios candidatos – inclusive os eleitos.
No mínimo é uma situação inusitada, sobretudo considerando-se que o voto é obrigatório. Em Porto Alegre, por exemplo, as abstenções mais os votos brancos e nulos, somam mais de 40% do eleitorado. Quase a metade de quem tem direito ao voto não quis exercê-lo, por alguma razão.
Em uma democracia, onde o poder é exercido por intermédio do voto livre e direto das pessoas, não deixa de ser no mínimo triste constatar que os eleitos perderam para a “abstenção”.