(6Minutos) – Nas estradas do Brasil, há um cheirinho de 2014. Naquele ano, estreava no Rio de Janeiro e em São Paulo o Uber, o aplicativo pelo qual qualquer pessoa com carro poderia trabalhar como motorista. A chiadeira dos taxistas foi geral. Seis anos depois, os dois lados ainda não se bicam muito, mas aprenderam a conviver entre si. Só a Uber tem mais de 22 milhões de usuários ativos na plataforma.
Agora é a vez dos aplicativos de viagens rodoviárias intermunicipais e interestaduais. Plataformas como Buser e ClickBus X já estão queimando asfalto por ai. O modelo é um pouco diferente do Uber ou da 99. Mas o bafafá que ele vêm gerando é tão grande quanto.
Primeiro foi a Buser. A plataforma, que conecta passageiros a empresas de fretamento de ônibus, está em operação há três anos. “A gente faz a intermediação entre as duas pontas: os passageiros e a empresa de fretamento, que é regularizada, com motorista credenciado, contratado com registro etc. Não tem nada de clandestino”, diz Marcelo Coelho Vasconcelos, cofundador e sócio da Buser.
Já a Click Busm que se especializou em vender passagens pela internet, lançou em agosto o Click Bus X, que passou a prestar o mesmo tipo de serviço.
Não exatamente igual ao Uber porque ninguém pode comprar um ônibus e se cadastrar para dirigir nas plataformas. Somente empresas regulares de fretamento podem se habilitar. A grande vantagem oferecida por essa alternativa de transporte é o preço das viagens – preço que não é fixo, pois varia conforme a ocupação dos lugares disponíveis. O preço pode ser até a metade do valor dos ônibus convencionais.