Caoa admite interesse e vira esperança para fábrica da Ford na Bahia

(Uol) – Ele também foi pego de surpresa. Carlos Alberto de Oliveira Andrade, chairmann do grupo Caoa e maior revendedor Ford do país, não esperava ver o que viu: a montadora, com 102 anos de história no país, encerrar a fabricação de carros no Brasil – pondo fim as linhas Ka, Ecosport e Troller.

Diante do fato e da oportunidade, ficou no ar uma pergunta que tomou conta dos bastidores da indústria na semana passada. A Caoa, grupo que tentou acertar com a Ford Caminhões para assumir a finada fábrica do ABC em 2019, estaria interessada no complexo industrial de Camaçari (BA)?

Continuaria com a história do Ka, por exemplo, e pagaria royalties por isso? E teria à sua disposição um time de profissionais treinados, fornecedores tecnicamente prontos e uma fábrica moderna nas mãos?

Sabemos que o governo federal procura alternativas para o caso buscando marcas chinesas – e a Chery, do grupo Caoa no país foi contactada. A empresa é a mais forte candidata para ocupar o lugar da Ford na Bahia, devido à parceria já existente com a Caoa, que já conhece o mercado local e os caminhos do progresso.

Carlos Alberto de Oliveira Andrade interrompeu um tempo de sossego nas operações das empresas e conversou com Uol Carros sobre a chance disso tudo acontecer: “Sempre tenho interesse em novos negócios, mas é preciso analisar todo o processo porque não queremos desgastar a nossa imagem. E só iremos para frente se eu sentir muita segurança”.

Caoa disse que precisa saber o que eles (Ford) querem vender e ainda reforçou: “o governo também precisa dar condições de trabalho”. O chefe do grupo falou que tudo pode acontecer, pois considera bastante os incentivos fiscais do regime automotivo do nordeste, prorrogado até 2025. Mas tudo, por enquanto, é uma hipótese.

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