(6Minutos) – Quem mora de aluguel deve suar frio cada vez que sai o resultado do IGP-M, índice usado como referência para reajuste de contratos dos inquilinos. Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, o IGP-M acumula uma alta de 25,71%. No mesmo período, o IPCA-15 teve uma variação de 4,30%. É uma diferença gritante e por isso cresce o movimento das empresas que decidiram trocar o IGP-M pelo IPCA como indexador de aluguéis.
A primeira a fazer isso foi a Quinto Andar. Na semana passada, foi a vez da Lello Imóveis seguir o mesmo caminho com o argumento de que a troca de indexador tem o objetivo de reduzir o impacto sobre os reajustes.
Na prática, o IGP-M é cada vez menos aplicado nos reajustes. Para não perder o inquilino, os proprietários têm preferido negociar correções muito mais brandas que o IGP-M. Essa negociação resultou em aumentos médios de 3%, como mostra a cartegoria aluguel residencial medida tanto pelo IPC (da FGV) quanto pelo IPCA (calculado pelo IBGE).