Justiça vai decidir se amplia lockdown no Distrito Federal

Defensoria Pública pede que sejam suspensas atividades como academia, escolas, trabalho presencial. Juíza Katia Balbino, da 3ª Vara Cível, abriu um prazo de 72 horas para reunir informações sobre a crise sanitária

(Correio) – Quando começou o toque de recolher nesta quinta-feira (11/3), às 22h, 217 pacientes com covid-19 aguardavam um leito de UTI na rede pública. Cerca de 20 mil pessoas estavam com o novo coronavírus ativo, e o sistema de saúde se encontrava à beira do colapso. Nesse cenário desolador, a Defensoria Pública da União (DPU) aposta no distanciamento social e no fechamento de atividades burocráticas e não essenciais para que a população do Distrito Federal possa voltar a respirar.

O processo foi distribuído para a juíza Katia Balbino de Carvalho Ferreira, da 3ª Vara Cível, da Justiça Federal. Em despacho proferido ontem, a magistrada abriu um prazo de 72 horas para reunir informações sobre número de contaminados, fila de pacientes que aguardam UTIs e um plano estratégico para abertura de hospitais de campanha e leitos.

Servidores

A partir dessas informações, a juíza deverá tomar uma decisão. Entre os pedidos da Defensoria está também a manutenção de aulas on-line em escolas e faculdades. Os defensores também recomendam que a Justiça obrigue o governo de Jair Bolsonaro a adotar o homeoffice nos órgãos públicos federais, assim como trabalham servidores do DF, do Judiciário e do Legislativo. “Enquanto não chegarem as vacinas, a única solução é o distanciamento social”, aponta o texto.

A ação civil pública tem também um pedido relacionado à imunização. Os defensores pedem que o Governo Federal forneça as vacinas necessárias para toda a população, sem atrasos, sob pena de pagamento de multa, a ser arbitrada pela juíza.

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