Autoconhecimento: o caminho para a felicidade

(6Minutos) – O palestrante, escritor e professor Uranio Bonoldi, que dá aulas nos cursos de MBA da Fundação Dom Cabral, ressalta a importância do autoconhecimento como caminho para a sensação de felicidade – ao menos a felicidade possível. Isso se aplica não apenas a pessoas, mas também à coletividade.

“Nós, brasileiros, sempre fomos considerados um povo alegre, um povo feliz. Mas não é verdade”, diz Bonoldi. Ele cita uma pesquisa da consultoria Consumoteca que concluiu que 58% dos brasileiros estão insatisfeitos com a vida, o maior índice encontrado entre os quatro países que participaram da pesquisa – os outros foram Argentina, Colômbia e México.

Um dos motivos identificados para a sensação de infelicidade é que oito entre cada dez brasileiros têm um projeto que não conseguem tirar do papel e 57% projetam que precisarão reinventar a carreira nos próximos anos – aspectos que têm, sem dúvida, grande relação com o mundo externo. E que certamente foram agravados pela pandemia.

A boa notícia da pesquisa é que 75% dos entrevistados brasileiros disseram estar em busca de autoconhecimento. “Essa é a base para as boas escolhas e decisões difíceis da vida. Autoconhecimento é se perguntar, ‘o que me faz feliz? quais são os meus pontos fortes e fracos? quais são meus medos? quais são meus propósitos e o que eu quero deixar neste mundo? eu me saboto de alguma forma em função dos meus medos?'”.

Empatia e humanidade

Dito tudo isso, chega-se à conclusão de que talvez seja impossível “ser feliz” durante a quarentena pelo simples fato de que é impossível ser feliz na vida. Mas é possível, sim, se sentir alegre mesmo nesta quarentena de privações e tristezas. Só não espere que esse sentimento seja inabalável. Pois, sofrer com o sofrimento dos outros é normal. Trata-se de empatia e, mais que isso, de humanidade”.

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