(Uol) – Pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o Banco do Brasil seria privatizado já. Mas o BB é uma empresa pública que dá dinheiro: o banco lucrou R$ 18 bilhões em 2019 e pagou R$ 3,4 bilhões em dividendos para o governo federal no mesmo ano. Na década de 2010 a 2019, o lucro médio foi de R$ 16,3 bilhões em cada ano. No mesmo período, a média anual de dividendos pagos à União foi de R$ 3,6 bilhões.
Se o banco é tão lucrativo e rende dividendos anuais para o governo federal, porque privatizá-lo? Quais as vantagens e desvantagens de mantê-lo sobre controle público?
A despeito da lucratividade, economistas ouvidos pelo Uol divergem sobre uma eventual privatização da instituição financeira. De um lado, especialistas avaliam que os sucessíveis resultados positivos não são o ponto principal a ser analisado na discussão sobre a venda da empresa pública.
Eles defendem que não é papel do estado ter um banco e afirmam que os cargos da instituição são alvo de diversos partidos políticos.
Quem é contrário à privatização afirma que o BB deve ser usado para políticas públicas e para oferecer crédito em momentos de crise, mesmo que isso reduza o lucro.