Após se ausentar no depoimento marcado para o último dia 17, o empresário é ouvido na CPI da Covid nesta quarta, 30, mas, protegido por um habeas corpus, tem se mantido calado diante das perguntas.
Durante o “depoimento silencioso” do empresário à comissão, a Wizard by Pearson, divulgou uma nota em que diz ter posicionamento “muito diferente” do ex-dono. “A Wizard by Pearson aproveita a oportunidade para se expressar em favor da vida, da saúde e da ciência. Desde o início da pandemia, orientamos nossos franqueados e colaboradores sobre todas as medidas necessárias para respeitar a legislação e os protocolos sanitários vigentes, sempre buscando garantir a segurança de nossos professores, alunos, colaboradores e parceiros”, informa nota.
O texto ainda lamenta e se solidariza com “as centenas de milhares de vidas que se foram” e “com a dor de todas as famílias que perderam pessoas queridas” durante a pandemia.
Como carrega desde o final da década de 80 o sobrenome que batiza a franquia de escolas de inglês fundada por ele, a Wizard (ou “mago”, em português), a rede tem sido associada às polêmicas de seu ex-dono.
A partir disso, a Pearson, controladora da rede de escolas de idiomas, pediu à Justiça de São Paulo e obteve decisão favorável para a publicação de uma declaração pública dando conta de que a marca não tem vínculo com o empresário.
A ação de protesto da empresa foi movida na 2ª Vara Cível de Campinas, e solicitava que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo divulgasse a informação em seu Diário Oficial, o que ocorreu em 31 de agosto de 2020.
No texto, o TJSP informa que a Wizard foi adquirida em 2013 pela Pearson, e que, desde então, a empresa “é a única detentora de todos os direitos relacionados à marca e à rede de franquia de escolas de idiomas”.
O texto acrescenta ainda que Carlos Martins não tem “qualquer tipo de vínculo societário ou qualquer tipo de relação atual com a rede” e que a Pearson “não compactua com qualquer pronunciamento emitido por Carlos, especialmente de caráter político”.