Chef celebridade fecha restaurante e abre discussão sobre a cobrança de taxas dos lojistas de shoppings

(Uol Economia) – O chef Henrique Fogaça, conhecido pelo programa Master Chef Brasil, fechou seu restaurante no shopping Village Mall, no Rio de Janeiro, e demitiu 200 funcionários. Os motivos, segundo ele, são a pandemia e as taxas cobradas pelo shopping. A Multiplan, operadora do shopping, rebateu Fogaça, dizendo que flexibilizou contratos durante a quarentena e não cobrou aluguel nos meses em que os estabelecimentos ficaram fechados.

Como Fogaça, mais de 15 mil estabelecimentos não deverão reabrir suas portas após a pandemia. Cerca de 120 mil pessoas ficarão desempregadas, segundo associações de lojistas. Elas avaliam que os valores pagos aos shoppings pesam mais para os pequenos, o que pode prejudicar ainda mais a situação dessas empresas em tempos de crise.

O aluguel do espaço em shoppings geralmente é por metro quadrado ou em cima de uma porcentagem do faturamento da loja – vale o que for maior. Os valores de aluguel são diferentes para cada categoria. Lojas satélites pagam em média de R$ 100 a 150 pelo metro quadrado. Enquanto as lojas âncoras pagam menos, de R$ 25 a R$ 30 por metro quadrado.

Se os contratos forem cobrados com base no chamado aluguel percentual, sobre o faturamento da loja, o cálculo dependerá do segmento de atuação do lojista. Restaurantes costumam pagar 8% sobre o seu faturamento, e lojas de roupas, 7%.

Além do aluguel, no entanto, há ainda outros dois gastos fixos para os lojistas: condomínio e fundo de promoção. Mais uma vez, estes gastos são diferentes para lojas âncoras e satélites. Lojas maiores não pagam o fundo de promoção.

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