Adega Compartilhada
A startup Adega Compartilhada foi lançada como a primeira rede de vending machines de vinhos da América Latina. A proposta surgiu da junção de habilidades dos seus fundadores. Luciano Barbirato atua como executivo de TI, empreendedor serial e investidor anjo, Marcio Marson é especialista no desenvolvimento de projetos e marcas de vinhos, e Leandro Altieri, trabalha com o segmento de vending machines.
O passo inicial do negócio foi uma parceria com a plataforma de moradia por assinatura Housi. A unidade Bela Cintra, na cidade de São Paulo, foi a primeira a receber uma adega compartilhada, em abril de 2020.
Como está o crescimento? Ao longo dos últimos meses, o negócio começou a se diversificar. Hoje, a empresa possui seis adegas espalhadas pelo país, em locais que incluem hotéis, aeroportos, shoppings e condomínios. “Três meses depois [do lançamento], no auge da pandemia tínhamos a opção de adquirir mais adegas e essa foi a nossa aposta. Chegaram mais cinco unidades, que foram instaladas em locais parceiros de perfis diferentes”, conta Luciano Barbirato.
Como funciona a compra? As compras pela Adega Compartilhada funcionam da forma típica das vending machines: o pagamento é feito pela maquininha de cartão acoplada à máquina.
Como é feita a seleção? Os vinhos são escolhidos de acordo com os perfis de consumo dos frequentadores do local. Para fazer esse diagnóstico, a empresa realiza pesquisas de campo e busca obter informações sobre os interesses do público e sua média de gastos. A partir desse direcionamento, os rótulos são selecionados por um sommelier e atualizados conforme a evolução do público e a oferta do mercado.
Quais são os modelos de negócio oferecidos? A implementação e operação das vending machines fica sob responsabilidade total da Adega Compartilhada, que continua sendo a detentora das máquinas. Cabe ao proprietário do local, apenas a disponibilização do espaço. Em troca do ponto de venda, a empresa repassa ao locatário até 7% do faturamento da máquina e mais 1% pelos custos paralelos.
Onde estão presentes? Até o momento, existem unidades ativas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Alagoas, Pernambuco e no Distrito Federal.
Quais são as perspectivas para o futuro? “Hoje, a gente está trabalhando com investimentos próprios e ainda tem algum fôlego para trabalhar dessa forma, mas a ideia é expandir. A gente está em busca de investidores anjo para continuar atendendo aos nossos parceiros e também buscar novos”, afirma Barbirato.
“A gente entendeu na Housi que a moradia tem que estar associada a serviços e tecnologia. As pessoas querem soluções para ganhar mais praticidade e um dos serviços que a gente viu ter mais aderência foi o da Adega Compartilhada”, explica Alexandre Frankel, CEO da Housi.
Wine4u
A Wine4u, em operação desde novembro de 2020, é uma iniciativa da rede de mercados autônomos Market4u e já conta com 300 máquinas pelo país.
O Market4u começou com a proposta de levar produtos vendidos em mercados para dentro de condomínios residenciais. Hoje, também implementa vending machines e minimercados em estabelecimentos comerciais, academias e hotéis.
Como está o crescimento? Os vinhos surgiram como uma oportunidade de segmentação. De acordo com Eduardo Cordova, CEO da Market4u, o crescimento vem sendo acelerado. “Agora que começou a esfriar, aumentou muito o volume de vendas. Só na nossa operação estão sendo vendidas mais de 10 mil garrafas por mês”, ele comenta.
Qual é a faixa de preço? Os preços dos vinhos variam de R$ 29 a R$ 200.
Como é feita a seleção? A curadoria é feita por um time de sommeliers e atualizada a cada estação. Por meio de inteligência artificial o aplicativo estabelece o perfil de cada cliente e forma um banco de dados. Assim, quanto mais a máquina é utilizada, mais precisas se tornam a oferta de vinhos e a disponibilidade de promoções.
Quais são os modelos de negócio oferecidos? Quem quer ter uma máquina da Wine4u pode optar por apenas contratar o serviço, disponibilizando o espaço para que a Market4u opere a máquina por conta própria ou obter uma franquia. Nesse caso, o investimento total é de R$ 7 mil (R$ 2 mil pela adega, R$ 2 mil de capital de giro e uma taxa de franquia de R$ 3 mil). Além do aporte inicial, a franquia cobra royalties de 10% em cima do faturamento mensal.
Onde estão presentes? A maior concentração de máquinas está em Curitiba e São Paulo, mas a presença é nacional. Hoje, a iniciativa abrange 74 cidades brasileiras.