Falta de auxílio quebra microempresa, e gigantes dominam, dizem analistas

          • Sem auxílio emergencial, consumo é mais afetado no varejo, que pode perder 11,7% de faturamento este ano
          • Micro e pequenas empresas são mais atingidas com injeção de benefício menor na economia
          • Sem dinheiro do consumidor que recebe auxílio, pequenos negócios fecham e abrem espaço no mercado para grandes grupos

 

(Uol) – O varejo é o setor que mais vai sofrer com um auxílio emergencial em 2021 menor que o de 2020, devendo perder quase 12% de seu faturamento projetado para este ano, ou cerca de R$ 190 bilhões em vendas. A crise afeta principalmente as micro e pequenas empresas, também de outros setores. Fragilizadas, sem capital e com pouco acesso a crédito, muitos desses pequenos negócios vão continuar fechando. Cada vez mais quem domina o mercado são grandes grupos.

Segundo economistas, a renovação do auxílio emergencial em 2021, ainda menor que o benefício de 2020, é necessária – e urgente. Motivos: a pandemia no Brasil não foi controlada; pelo contrário, apresenta uma segunda onda de contaminações e mortes. Cidades voltam a impor medidas de restrição. Para piorar, a vacinação está lenta.

Micro e pequenos sofrem mais

Os setores da economia que mais precisam do auxílio emergencial para não quebrar são os que dependem mais das vendas para a população de menor poder aquisitivo – também os brasileiros mais vulneráveis. Estão nesse grupo as micro e pequenas empresas do varejo e os informais que vivem do comércio para as famílias  que consomem no próprio bairro, nas periferias, ou da circulação de trabalhadores e estudantes que usam os transportes urbanos e metropolitanos.

A maior parte dos cerca de R$ 200 bilhões que o governo federal injetou na economia em 2020 por meio do auxílio emergencial foi parar no pequeno comércio de mercados, feiras, lojas, restaurantes e bares, serviços de beleza e de manutenção.

 

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