Hoje é o Dia Mundial Contra a Homofobia

Foi somente em 17 de maio de 1990 que a Organização Mundial da Saúde retirou a

homossexualidade da classificação estatística internacional de doenças e problemas

relacionados à saúde. A decisão transformou a data em marco e levou à criação do

Dia Internacional contra a Homofobia. 

(Correio) Os últimos 31 anos são de buscas por conquistas e de garantias de direitos. Ainda hoje, pelo menos 70 países mantêm legislações punitivas contra homossexuais. Por outro lado, há cenários em que direitos, como a da união civil e da adoção de crianças, garantiram novas perspectivas para esses casais e famílias.

No Brasil, decisões judiciais recentes (como a que criminalizou a homofobia, em 2019)  geraram também maior representatividade e direitos. A advogada Maria Berenice Dias, especialista em direito homoafetivo, entende que a data é motivação para a sociedade refletir sobre a importância do respeito às diferenças.

Ela ratifica também a necessidade da consciência, inclusive, sobre a importância da escolha das palavras: o uso de homossexualidade e não “homossexualismo”, em vista de que o sufixo “ismo” relaciona-se a uma doença, uma ideia que precisa ser superada.

Saúde mental

Será também data de reflexões nesta semana o Dia da Luta Antimanicomial (terça-feira, 18), considerado pelos profissionais da saúde mental no Brasil como uma conquista e evolução no tratamento de pessoas com doenças ou transtornos psiquiátricos.

As reformas ocorridas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) conferiram novo sentido ao tratamento, deixando para trás um passado de violações de direitos humanos e abusos contra pacientes que ocorreram naqueles manicômios. Essas alterações geraram, por exemplo, uma rede de serviços com equipe multiprofissional. As maiores mudanças ocorrem após a Constituição de 1988 e o início dos anos 1990.

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