Os centros comerciais reabriram as portas, após 69 dias fechados,
com uma série de regras que precisam ser seguidas
(Metrópoles) – Cercados de cautela, os shoppings do Distrito Federal reabriram as portas às 13h desta quarta-feira (27/05). No Conjunto Nacional, teve fila grande de clientes que precisavam testar a temperatura antes de ter acesso ao centro comercial. O movimento é mais tímido no Pátio Brasil, na Asa Sul. No local, 90% da lojas da praça de alimentação estão fechadas.
“Muitos do ramo alimentício decidiram não reabrir porque não se adaptaram à logística do pague e leve”, disse o superintendente Renato Horne. Ele estima queda de 50% do público tradicional, até porque o centro comercial precisa controlar a movimentação interna e evitar aglomeração.
Logo no começo, 100 clientes aguardavam na fila na entrada do shopping Pátio Brasil. Em uma hora, foi contabilizada a entrada de 2.036 pessoas. Com medidores de temperatura, funcionários verificam quem está com febre. Uma vez que o resultado aponta normalidade, o consumidor é liberado a entrar. Álcool em gel também é oferecido a cada um que chega a porta.
“Estamos nos adaptando à nova realidade e esperamos recuperar um pouco do que perdemos nesses período de quarentena total”, disse o empresário Wander Tavares, dono de uma joalheria no centro comecial.
Ele conta que manteve o quadro funcional durante o impedimento das atividades para que a equipe retornasse alinhada para o rápido funcionamento. “Foi e tem sido um grande aprendizado. Mas sabemos que não tínhamos o que fazer, já que se trata de uma pandemia. Agora vamos nos adaptar à nova realidade”, continuou
Pelo chão do centro comercial, adesivos lembram da distância social e, na porta de cada loja, está um aviso do máximo de pessoas permitida no interior do estabelecimento.
No Conjunto Nacional, por volta das 15h, o fluxo estava em 40% do normal. O shopping reabriu limitando o acesso a 50% do total da capacidade, tanto na área interna quanto nos estacionamentos.
“Abordamos os grupos que chegam juntos para evitar aglomeração. Estamos com 100% do decreto do governo, treinamos todas as nossas equipes, mas precisamos de conscientização”, disse o superintendente do Conjunto Nacional, Giuliano Bragaglia.
Segundo ele, todos os funcionários do shopping foram testados e o shopping também tem exigido dos lojistas que apresentem os exames de vendedores. “Isso é uma questão de saúde coletiva e estamos adotando todas as medidas de segurança”, ressaltou.
O analista Renato Pires, 39 anos, foi ao shopping Pátio Brasil para trocar o chip do aparelho celular. “Só vou fazer isso e ir embora. Ainda não está na hora de ficar dando volta”, disse, mostrando preocupação com uma possível contaminação pelo coronavírus.
Ele se mostra favorável à reabertura e sentiu uma preocupação do shopping em manter a segurança de quem entrasse. “Desde que tenha responsabilidade, não tem problema. Foi bem tranquilo aqui hoje”, destacou.