Pandemia deve transformar de vez o setor de alimentação

Restaurantes e confeitarias criam linhas próprias de produtos

para não depender do atendimento presencial

 

(Folha de SP) – A reabertura de bares, restaurantes, lanchonetes e cafés não foi suficiente para deixar o setor otimista. Segundo pesquisa realizada pela Abrasel, 71% dos empresários acreditam que menos da metade da clientela vai voltar a frequentar seus estabelecimentos neste primeiro momento.

O delivery, que foi a saída para 72% dos negócios (25% deles lançaram o serviço na pandemia), deve seguir em alta. Mas será preciso ir além da entrega de comida em domicílio, diz Léo Teixeira, da consultoria Na Mesa, especializada no setor de alimentação.

“Mesmo que o atendimento presencial volte, não será como antes, e os estabelecimentos terão de se preparar para essa nova realidade. É a oportunidade para rever o plano de negócios”.

Exemplos práticos

Confeitaria lança Empório, para vender preparos e bases, como discos de pão de ló, bombas sem recheio, geleias e potes de brigadeiro, para que os clientes montem os doces em casa. “Não foi preciso alterar nossa produção, só encontrar as embalagens certas para que os itens chegassem inteiros à casa dos clientes”. A linha começou enxuta, com 17 produtos, mas estão previstas novidades a cada 15 dias. As vendas são feitas pelos aplicativos.

Restaurante, além de lançar pratos prontos para consumo, investiu numa linha de congelados, para ser finalizado em casa – proteínas, molhos e acompanhamentos são vendidos separadamente. A mesma empresária lançou, ainda, uma segunda linha, a Caseirinho, com receitas simples. O próximo passo será uma loja online, onde pretende vender conservas, geleias, chutneys e contimentos com a sua marca.

 

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