(Uol) – Em primeiro de janeiro, o salário mínimo subiu de R$ 1.045 para R$ 1.100. Mas, para dar conta da inflação acumulada no ano passado, o valor deveria ser R$ 2 maior e ter chegado a R$ 1.102, respeitando a regra da Constituição que determina um reajuste períodico para preservar o poder de compra.
Como o novo salário mínimo foi definido antes da inflação consolidada do ano anterior, divulgada em 12 de janeiro, é normal que haja uma diferença. O mesmo aconteceu em 2020, mas o governo corrigiu o valor antes da chegada de fevereiro.
Neste ano, com o Orçamento indefinido no Congresso e uma crise nas contas públicas, ainda não há sinal de que o salário mínimo subirá novamente. Se mantido em R$ 1.100, milhões de empregados, aposentados e pessoas que têm benefícios do INSS vinculados ao salário mínimo nacional deixarão de receber todo mês R% 2. Em contrapartida, o governo economizaria cerca de R$ 702 milhões.