Próximo passo da guerra das maquininhas vai ser na oferta de crédito e serviços

(6Minutos) – A guerra das empresas de maquininhas de cartão mudou de foco. O tempo em que a disputa era sobre quem oferecia a menor taxa de desconto ou dava mais desconto na compra de maquininhas ficou para trás. Agora, a competição acontece na oferta de créditos e serviços.

“Antigamente, a gente olhava apenas para a taxa de MDR [taxa de desconto do lojista]. Hoje, tem que olhar para o MDR e para a antecipação de recebíveis. Uma coisa fala com a outra”, disse o presidente da Cielo, Paulo Caffarelli.

Para se preparar para a nova guerra, a Cielo já vinha retirando há algum tempo o subsídio que dava para compra de maquininhas. Sem esse auxílio, a empresa perdeu alguns clientes. Por outro lado, conseguiu ativar mais clientes de menor porte.

O reflexo disso foi uma inversão da curva de volume transacionado por clientes de grande porte, que passou de 66,9% no quarto trimestre de 2019 para 62,7% no mesmo tri de 2020. No mesmo período, a participação das transações dos menores subiu de 33,1% para 37,3%.

A disputa agora envolve a oferta de produtos de créditos, para cliente lastreados ou não em recebíveis. “Há dois anos, a gente antecipava 16% de tudo que capturava. Hoje, estamos em 33% e temos o objetivo de chegar ao final do ano com mais de 40% na penetração dos produtos de crédito”, disse Caffarelli.

Para impulsionar essa frente, a Cielo já conseguiu autorização dos bancos controladores para pleitear junto ao BC o registro de SDE (Sociedade de Crédito Direto). “Vai nos trazer outra perna. Além da adquirência tem que ter o braço banking e agregação de valores em serviços prestados”, afirmou o CEO.

Na questão de serviços, a meta é oferecer serviços que facilitem a gestão dos negócios das empresas parceiras.

 

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