- O Pix é uma solução de pagamento rápida, mas é cobrada para quem é pessoa jurídica.
- Os custos são mais baixos do que os cobrados por transferências tradicionais via TED e DOC.
- O BC autoriza que cada banco cobre o valor que desejar pelo Pix.
Até fevereiro, mais de 4,5 milhões de usuários pessoa jurídica cadastraram chaves Pix, frente a 68,7 milhões de pessoas físicas, segundo o BC. O custo da transferência nos cinco principais bancos varia de acordo com o valor que será movimentado – o valor máximo de cobrança é de R$ 10.
Transferência Pix | TED/DOC agência ou atendimento | TED/DOC internet banking ou autoatendimento | |
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Banco do Brasil | De R$ 1 a R$ 10 (0,99% do valor da transação) | R$ 21,95 | R$ 10,45 |
Bradesco | De R$ 1,65 a R$ 9 (1,40% do valor da transação) | R$ 21,95 | R$ 11,05 |
Caixa Econômica Federal | isento | R$ 22 | R$ 10,45 |
Itaú | De R$ 1,75 a R$ 9,60 (1,45% do valor da transação) | R$ 21,65 | R$ 10,60 |
Santander | De R$ 0,50 a R$ 10 (1% do valor da transação) | R$ 21,90 | R$ 11 |
Com exceção da Caixa, que dá isenção para o meio de pagamento, nos outros bancos, o valor máximo da taxa para Pix, em todos os casos, é menor do que TED e DOC – tanto para transferências feitas em agências como pelo internet banking. Os valores da tabela são os cobrados pelos serviços individuais.
O que o BC diz sobre o preço das taxas? O Banco Central autorizou que cada instituição financeira cobre o valor que quiser para as transferências Pix. Quando o Pix é feito como forma de cobrança, parecendo um boleto, o pagador não pode ser tarifado. Também não se pode aplicar tarifas para quem recebe um Pix.
Como escolher entre Pix ou TED/DOC? “A pessoa jurídica tem que analisar qual o custo do Pix e ver se está mais caro ou barato do que TED e DOC. Para o Banco Central, a transferência via Pix custa menos de um centavo e os grandes bancos estão vendo uma oportunidade para gerar mais uma fonte de receita”, afirma Fábio Ieger, CEO da Certus.
Entender a realidade do negócio também ajuda a tomar a decisão. Em alguns casos, em que o dinheiro precisa ser depositado fora do horário comercial ou ser rapidamente reconhecido, o Pix pode ser a melhor escolha.
“O Pix para PJ é muito mais interessante pela experiência e velocidade do meio de pagamento do que pela taxa em si. Tudo depende da necessidade do momento, mas todas as transações ofertadas no mercado atendem o cliente”, afirma Mauricio Guerra, gerente de desenvolvimento de negócios na Sicredi Vale do Piquiri.
“Para o pequeno lojista, o cara que tem um carrinho de pipoca, por exemplo, não tenho dúvida que o Pix é melhor. Como são PJs que gerenciam pequenos valores, alguns bancos até dão Pix de graça”, afirma Carlos Netto, CEO da Matera.
Para empresas médias e grandes, talvez o Pix não faça tanto sentido. “Para empresas que têm profissionais muito bem pagos, como empresas de tecnologia, os bancos adoram dar conta de graça. O PJ ganha TED de graça, cartão sem custos para os funcionários. O Pix não agrega nada, porque esse PJ não tem um problema a ser resolvido”, afirma Netto.
O Pix é interessante para empresas que trabalham com funcionários terceirizados e para quem tem alta rotatividade na empresa, segundo Netto. Nestes casos, o empregador consegue depositar os salários via Pix e pagar tarifas menores para a transação.
Quem é MEI e usa a conta de pessoa física para as transações comerciais pode fazer até 30 gratuitas – se ultrapassar esse limite, o Pix pode ser tarifado.
Existe uma outra tarifa bancária relacionada ao Pix: quem recebe pagamentos por QR Code. A modalidade pode ser usada por lojistas para receberem pagamentos dos clientes, por exemplo.
O cobrador pode escolher entre duas modalidades do QR Code: o estático, em que as informações são sempre as mesmas, e o dinâmico, que permite que o PJ faça alteração nos dados de pagamento. Assim como as maquininhas de cartão, esta modalidade também têm uma cobrança específica.
Recebimento por Pix QR Code (estático ou dinâmico) | ||||
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Banco do Brasil | Custo máximo de R$ 140 (0,99% do valor da transação) | |||
Bradesco | De R$ 0,90 a R$ 145 (1,40% do valor da transação) | |||
Caixa Econômica Federal | não informado | |||
Itaú | De R$ 1 a R$ 150 (1,45% do valor da transação) | |||
Santander | R$ 6,54 ou 1,4% do valor da transação via Checkout |
Qual a vantagem para o e-commerce? Com o Pix, os lojistas conseguem confirmar o pagamento na hora, diferentemente do boleto, que deixa a mercadoria bloqueada por alguns dias até que o cliente faça o pagamento.