O secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, defende uma coordenação conjunta com o Ministério da Saúde no planejamento da retomada das atividades econômicas como saída da crise provocada pela pandemia da covid-19.
Veja os principais pontos de sua entrevista ao Estadão:
A preocupação da economia está sendo de atenuar os efeitos da covid-19. Tem uma coisa que é o receio da população diante da pandemia. As pessoas estão parando de consumir e tendo mais cuidado e a outra coisa são as ações de Estado que foram concretizadas.
É muito importante buscar sempre o equilíbrio. Sabemos que a economia não vai parar, precisamos que algumas coisas funcionem para a nossa sobrevivência. A nossa preocupação do ponto de vista econômico é sempre que tenha racionalidade nessas coisas.
Com o coronavírus, a gente sofreu um choque muito grande, começou a ver muita gente e isso assusta. O natural num susto é a mesma coisa que no 11 de setembro, para tudo. Depois a gente começa a entender ‘dá para fazer uma coisa’, ‘dá para fazer outra’, você tem que ter racionalidade, buscar número, evidência, informação.
Não tem fórmula mágica, porque ninguém passou por tudo ainda. Não é uma discussão se vale mais a vida ou a economia, de jeito nenhum. A discussão é de que as coisas vão ter que ter equilíbrio, e nós temos que ter todos os cuidados para não pegar a doença, mas tem que ter um mínimo de funcionamento da economia.
Tínhamos uma situação econômica que não estava boa, com a crise essa situação se agrava ainda mais. Como sair da crise? No nosso diagnóstico, é o mesmo instrumento com que a gente estava trabalhando. A gente precisa ainda mais repensar o uso do recurso público.