Sem restrições a festas, infectologistas preveem ‘bomba relógio’ em janeiro

Uol) – Embora alguns estados brasileiros comecem a anunciar restrições às festas de Natal e Ano Novo para conter a pandemia do novo coronavírus, a medida ainda enfrenta resistência por parte do governo federal e seus apoiadores, que na sexta-feira, 4, tornaram popular a hashtag #VaiTerNatalSim.

Para infectologistas ouvidos por Uol, a falta de sintonia entre as autoridades acerca das restrições resultará em aumento de infecções e um janeiro complicado.

País de forte tradição natalina, a Itália decidiu desestimular as festas em 2020. Um decreto com medidas regidas entre 21 de dezembro e 6 de janeiro antecipou a Missa do Galo, que neste ano ocorrerá duas horas antes.

No Brasil, São Paulo proibiu réveillon em bar, restaurante e hotel e recomenda que as celebrações não reúnam mais do que dez pessoas.

Em Belo Horizonte, a prefeitura proibiu o consumo de bebida alcóolica em bares, restaurantes e lanchonetes a partir do dia 7 de dezembro.

O Rio Grande do Sul suspendeu as festas de fim de ano.

Em nível federal, no entanto, o silêncio sobre o assunto sugere que o governo deixará as medidas restritivas a cargo dos outros entes da federação, o que é um erro, dizem os infectologistas consultores da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Deixe um comentário

    Fale com a gente!