(Uol) – Enquanto o Brasil debate início da imunização contra covid-19 com a adoção ou não da CoronaVac, uma “outra chinesa” pouco falada por aqui já foi aprovada em três países. A BBIBP-CorV é um dos dois imunizantes desenvolvidos pela companhia estatal chinesa Sinopharm.
Ela é feita com a tecnologia de vírus inativado, a mesma adotada pela CoronaVac, que é produzida por uma farmacêutica privada, a Sinovac Biotech, em parceria com o Instituo Butantan, que é vinculado ao governo paulista.
Desde o verão chinês – entre junho e agosto -, o produto da Sinopharm começou a ser aplicado em caráter emergencial em profissionais de saúde, autoridades governamentais e outros grupos especiais na China. Segundo a Sinopharm, até novembro cerca de 1 milhão de chineses haviam sido vacinados.
Nos Emirados Árabes, país que participa dos testes clínicos da fase 3, essa vacinação de grupos especiais começou em setembro. No último dia 9, o Ministério de Prevenção e Saúde do país anunciou o registro oficial da vacina para uso emergencial por toda a população.
O país vizinho Bahrein também autorizou o uso da vacina. Qualquer cidadão com mais de 18 anos poderá tomar o imunizante gratuitamente. O próprio rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa tomou a vacina Sinopharm nos testes da fase 3 e, nesse período, já tinha liberado a vacina para os profissionais de saúde da linha de frente do comate à doença.
Outros países árabes já demonstraram interesse no produto, mas a vacinação ainda não começou nesses locais. O Egito recebeu no dia 10 o primeiro carregamento do imunizante e as autoridades devem apresentar o plano de imunização nos próximos dias. O Marrocos já encomendou o produto e pretende vacinar 80% dos adultos da população ao longo de 12 semanas.