“A gente está num processo agora de pensar em como isso vai trafegar, quais são os preços. Muito provavelmente a gente vai começar numa situação em que lojista na verdade recebe pra fazer esse serviço”, afirmou.
O presidente do BC não especificou valores e limitou-se a afirmar que o recebimento deverá ser de “alguma coisinha”.
Ele defendeu ainda que este será um grande incentivo para o lojista, pois na prática ele será remunerado por algo que faria de graça e que o beneficiará, já que poderá encerrar o dia com menos recursos em espécie no caixa –implicando menos gastos com segurança do numerário.
“Para as pessoas vai ter uma gratuidade até um número bastante elevado de negociações, e a gente está desenhando como vai ser o fluxo. Deve entrar em vigor em breve”, acrescentou.
PLANOS DE SAÚDE NO OPEN FINANCE
De acordo com Campos Neto, o open finance, projeto do BC para compartilhamento amplo de dados mirando o barateamento de produtos na ponta, poderá abarcar também a área de planos de saúde.
O presidente do BC afirmou ter conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a respeito.
“É importante entender que esse mundo está se descentralizando, então não é só open banking, é open finance, no sentido que eu quero abranger, quero ter uma coisa mais abrangente e embarcar todo mundo”, disse.
“A gente pensa em seguros, a gente pensa em previdência privada. Recentemente (houve) uma conversa até com ministro da Saúde de estender isso até para área de plano de saúde”, acrescentou.
O open finance –ou sistema financeiro aberto– vai abrir espaço para a possibilidade de clientes de produtos e serviços compartilharem suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo BC. Eles também vão poder movimentar suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas, e não apenas pelo aplicativo ou site do banco.
A implementação do open finance está sendo realizada em fases pelo BC e a perspectiva é que seja concluída até dezembro.